“Cúbrete de verde e canta”
"Fiuncho, carriza, laranjas, ovos, milho, flores, carqueixas, urces, carrabouxos e muita imaginaçom. Estes som os principais ingredientes dos "Maios", as construçons vegetais que a primeiros de Maio enchem as praças de toda Galiza para arredar de pestes, virus e males as colheitas. E, de passo, fazernos rir coas suas coplas.
A primeiros de maio a vegetaçom sae à rua em forma de "maio", umha construçom de diferentes formas feita com elementos vegetais em funçom da zona na que se elabora e que pode ser enxebre ou artístico. Os "maios" gestáronse para invocar o crecemento das plantas cultivadas e para protegelas de possíveis ameazas naturais, coma os ratos, toupas... ou os sobrenaturais, as sempre temidas meigas que cos seus poderes podem botar um "mal de olho" à colheita.
A Festa dos Maios tem a sua origem na prehistória quando os primeros habitantes preguntabam-se sobre essa força renovadora que cada ano, trás a época das chuvias e o frio fazia brotar a semente e revestia os campos de moitas cores."
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A morte do inverno
está sentenciada
fugírom as neves,
morreu a geada,
Parárom as choivas
já tempo lhes era !
pois fartas de água
estavam as terras.
Borrarom-se as néboas,
O ceio está claro...
axota a perguiza,
desperta-te Maio!,
Estende as orelhas,
escoita os falares
de velhos e velhas
em feiras e bares.
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Levamta-te Maio
que tanto dormiches,
passou o inverno
e nom o sentiches.
O maio maiado,
o maio do sol,
o maio das flores,
o maio do amor.
E venhem os maios
um ano tras outro
e as árvores todas
cheínhas de froito.
Ehi vem o Maio
Mainho é
Ehi vem o Maio
Coa festa em pé.
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Para fazer os Maios
temos que colher
um feixe de flores
e algo que dizer.
Para fazer o Maio
tivemos que roubar
flores e fiunchos
na horta do S.Blas.
Para fazer o Maio
tivemos que roubar
flores e fiunchos
na beira do mar.
Traemos fiunchos
ovos e mais flores
para este Maio
ter mil amores.
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Maio romeiro
bicou as campinhas
i en cada bicada
naceron florinhas.
Perfume de flores
pregom da gram festa
cançom que nos fala
da Nai Primavera.
Quando o papo seca
hai-no que molhar
cum grolo de vinho
e volver a cantar.
Já chegou o Maio
florido e galám
chegou tra-lo inverno
e antes do verám.
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